De acordo com uma pesquisa encomendada pela Allergan Aesthetics e noticiada pelo O Globo, 94% dos brasileiros acreditam, em maior ou menor grau, que o uso excessivo de filtros pode afetar a autoestima. Além disso, 60% das pessoas dizem se basear em padrões estéticos irreais e 58% apontam que a exigência por uma aparência ideal se tornou desproporcional devido ao uso exagerado dessas ferramentas.
Na contramão dos excessos e das modificações faciais inspiradas em padrões inatingíveis, a Dra. Catarina Michels, médica pós-graduada em Dermatologia e Estética afirma que a tendência atual são procedimentos estéticos voltados para uma abordagem mais natural, evitando exageros e preservando a individualidade dos pacientes.
“A ideia é valorizar resultados sutis que realcem os traços naturais sem transformações drásticas. Isso evita o ‘efeito artificial’ e melhora a satisfação do paciente a longo prazo. Além disso, a moderação reduz riscos de intercorrências e respeita a harmonia facial de cada indivíduo”, enfatiza.
A profissional explica que a avaliação começa com uma análise detalhada da estrutura facial e suas proporções, levando em conta as principais queixas do paciente. Segundo ela, é fundamental compreender as expectativas e alinhá-las com o que é viável e saudável para cada caso.
Outros aspectos, como o envelhecimento da pele, a qualidade dos tecidos, a mímica facial e o histórico de procedimentos anteriores, também influenciam na escolha das técnicas e produtos mais adequados. “O objetivo é oferecer tratamentos que respeitem a individualidade e proporcionem rejuvenescimento e equilíbrio, sem excessos”, afirma.
Equilíbrio e naturalidade
Um bom procedimento de harmonização facial, segundo Dra. Catarina Michels, precisa respeitar a anatomia e as proporções do rosto, evitando exageros em volume e simetria. “Técnicas como preenchimentos progressivos, uso de produtos com menor densidade e intervalos adequados entre aplicações ajudam a evitar um aspecto artificial. Além disso, uma abordagem global, que trata estrutura óssea, pele e suporte muscular de forma equilibrada, resulta em um rejuvenescimento mais discreto e refinado”, ressalta.
Para a médica, os melhores resultados são alcançados ao combinar diferentes tratamentos estéticos, como:
- Toxina botulínica + bioestimuladores: suavizam rugas dinâmicas enquanto estimulam a produção de colágeno, colaborando para a firmeza da pele;
- Ácido hialurônico + skinbooster: restauram o volume em áreas estratégicas, sem pesar, além de manter a hidratação profunda da pele;
- Ultrassom microfocado + bioestimuladores: estimulam a produção de colágeno e podem melhorar a firmeza da pele, sem alterar a expressão facial;
- Laser + peelings químicos: promovem a renovação celular e melhoram a textura e a aparência de manchas.
“O segredo está na personalização, considerando as necessidades individuais para não ultrapassar limites que comprometam a naturalidade”, acrescenta.
Os cuidados na escolha dos procedimentos
De acordo com a especialista, para que a harmonização facial traga resultados positivos e naturais, é essencial considerar a individualidade de cada rosto. O uso exagerado de toxina botulínica pode comprometer a expressividade facial, tornando as feições rígidas e pouco naturais, alerta Dra. Catarina Michels. Da mesma forma, preenchimentos aplicados de maneira desproporcional, especialmente nos lábios ou nas maçãs do rosto, podem comprometer a harmonia facial e gerar um aspecto artificial.
Além disso, quando os preenchimentos são mal distribuídos, podem causar assimetrias visíveis que prejudicam a estética do rosto. “Outro efeito indesejado é a aparência plastificada ou a pele excessivamente esticada, que compromete a naturalidade da fisionomia. No conjunto, essas intervenções mal planejadas podem levar à perda de traços característicos, descaracterizando a identidade do paciente e afastando-o de sua própria imagem”, reforça.
A recomendação da médica é buscar um especialista com formação e experiência em estética, garantindo um procedimento seguro e resultados satisfatórios. O ideal é que cada procedimento seja planejado de forma personalizada, levando em conta as características e expectativas do paciente, explica Dra. Catarina Michels. “Um profissional qualificado compreende a anatomia facial, domina as técnicas mais avançadas e sabe manejar eventuais intercorrências”, finaliza.
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